Vamos conversar um pouquinho sobre os medos? Você sabia que
todos temos medos, e que os medos são sentimentos derivados da ansiedade? Pois
é! O medo é uma das emoções mais básicas do ser humano, e graças ao medo nossa
espécie sobreviveu até os dias de hoje! O medo de morrer nos faz reconhecer
situações perigosas, impedindo de pular grandes alturas, nos mantém distantes
de cobras, leões, ursos... Ele é necessário para que evitemos perigos, e na
medida certa é muito saudável. Na vida do homem das cavernas o medo era um
sentimento essencial, pois diante qualquer situação que representasse risco à
sua vida ou integridade física, o medo era ativado, liberando uma série de
hormônios e substâncias neuroquímicas que ativam o sistema nervoso simpático e
parassimpático, preparando o homem para lutar ou correr. Só que as eras se
passaram, a vida das pessoas hoje mudou muito. Hoje situações que podem ser
percebidas como um risco à vida e a integridade, podem não ser tão graves
assim, como uma mulher usando um vestido igual ao meu numa festa, ou a presença
de um colega de trabalho muito competitivo. Mas o cérebro as entendem como se
fossem perigo, gerando sentimentos de insegurança, que por períodos prolongados
podem levar à estafa, ou criando os medos patológicos, que como muitos já devem
ter ouvido falar, são chamados de FOBIAS. Como há uma grande variedade de
medos, a criatividade para dar nome às fobias é incrível: aracnofobia (medo de
aranhas), hidrofobia (medo de àgua), claustrofobia (medo de lugares fechados),
narebofobia (medo de nariz grande), rsrsrs tá certo a última eu inventei! Mas
foi uma brincadeira, pois não importa do que você tem medo, importa como você
se sente! Se você perde a razão, o controle sobre suas emoções e
comportamentos, sente-se oprimido por esse medo, e ele não é racional, é
simplesmente uma fobia. O medo patológico é algo que domina a mente da pessoa,
e faz com que ela viva em função disso, elaborando estratégias para se esquivar
do medo, e quanto mais a pessoa se esquiva do medo, maior ele se torna e mais
comportamentos de esquiva a pessoa sente a necessidade de desenvolver, até que
a pessoa tem parte de sua vida prejudicada por um medo irracional e sem
sentido. Vou dar um exemplo: uma pessoa começa a pensar que morcegos são
animais perigosos, e um dia pensa que um morcego poderia entrar pela janela da
sua casa (mesmo nunca tendo entrado nenhum, e nem havendo nenhum ninho por ali
perto). Então pelo medo de que o morcego entre pela janela da sala, a pessoa
começa a manter a janela fechada quando está na sala. Mas depois a pessoa
precisa manter a janela da sala sempre fechada, e aos poucos isso se estende
para os outros cômodos da casa. A cada dia que o morcego não entra pela casa,
ao invés de mostrar para a pessoa que não há perigo, ao contrário, ela pensa
que é graças ao seu comportamento de esquiva (ou seja, ter fechado as janelas),
que o morcego não entra, e por isso continua mantendo todas as janelas
fechadas. A melhor maneira de superar os medos é enfrenta-los. Algumas pessoas
podem ser capazes de fazer isso sozinhas, por sentirem-se fortes para isso.
Outras no entanto podem estar mais fragilizadas, e assim precisarem da ajuda de
um psicólogo para conseguirem enfrentar e superar seus medos. Mas lembrem-se de
analisar o próprio medo antes de começar a pensar que está sofrendo de fobia!
Se for um medo racional e funcional, que não atrapalhe sua vida não tem
problema! Os medos certos e na medida certa são bem saudáveis!
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