Bem vinda à vida de mãe, é assim mesmo! Desde cedo os bebês começam a mostrar
a que vieram. São geniosos mesmo, cheios de seus próprios gostos e vontades.
Cada mãe escolhe como que vai moldar, se vai dar asas, aparar ou cortar kkkk. Mas
seja qual for a opção, depois precisamos lidar com elas. Quando criamos as
crianças cheias de independência, depois precisamos lidar com a dor de elas não
nos solicitarem mais. Se criamos dependentes, precisamos conviver com desgaste
de termos que fazer tudo sozinhas. Se deixamos seguirem seus próprios gostos,
lidaremos com uma criança que acha que o mundo se curva às suas vontades. Se
não permitimos que tenha opinião própria e apenas obedeça, teremos a angústia
de ter sufocado a vontade e a criatividade....
Não existem escolhas simples, somente a necessidade de termos muita
paciência, e reflexão. As vezes precisamos recuar dois ou três passos de
evolução para voltarmos a evoluir, e sempre cometemos erros! Mas precisamos
encontrar alguma paz nisso. Aprendermos
a corrigir nossos erros sempre que possível, ou pelo menos da melhor forma
possível. Aceitarmos que se cometemos erros, foi porque estávamos fazendo o
nosso melhor possível, naquele momento.
Não existe super
mãe, a infalível e que sabe tudo. Algumas mulheres apenas FINGEM que são, pois
isso alivia outras dores e sofrimentos que elas carregam consigo mesmas. Não
precisa se sentir diminuída, hostilizada ou até mesmo hostilizar essas
mulheres! Entenda que elas também estão tentando fazer o melhor que podem, ou
conseguem! A máscara de super mãe está ali para manter aquela mulher de pé,
pois provavelmente (em 99,99% dos casos) outras partes da vida dessa mulher
estão ruindo. Para nós de fora pode parecer que elas têm a vida perfeita, mas
com certeza para elas mesmas existe uma frustração, um vazio que compensam
assim.
Não caia na
armadilha de “comparar” a evolução de filhos... sempre começa com “a minha
consegue...” é uma armadilha! Caia fora! Praticamente todas as crianças irão
conseguir alcançar todos os marcos evolutivos, e no final das contas não fará
diferença quem andou ou falou primeiro, não é uma corrida. Cada criança tem o seu momento, e depois que chegam na
fase dos 9 anos de idade nada disso mais fará sentido. Comparar desempenho
acadêmico? Depois dos 22anos nada disso mais terá sentido. Então esqueça as
medidas do desenvolvimento, milimetricamente fiscalizadas por mães neuróticas,
e concentre-se em comemorar cada marco importante para você e seu bebê, pois
assim será uma aventura e uma coleção de lembranças incríveis!!!
As
avós, tias avós, são uma benção! Tem muito conhecimento de vida. Mas fazem
muitos anos que elas cuidaram de bebês. Devemos ouvir o que elas têm a dizer
com respeito, mas precisamos usar um filtro... Confirme
as informações, se de fato podem produzir o resultado que você deseja. Não saia
simplesmente fazendo tudo o que elas dizem que você deve fazer, pois isso teria
o potencial de deixar você como um cego em meio ao tiroteio. Você é a mãe, é
sua vez de criar, com os seus próprios erros e acertos! Aproveite da sabedoria
delas, mas seja forte para impor o seu ponto de vista: é eu sei que você é
forte o suficiente para isso!
As gerações de mães
anteriores tiveram muito disso, de projetar as necessidades delas em seus
filhos, e muitas mulheres hoje
em dia sofrem nos relacionamentos com suas mães, exatamente por esse motivo... Este
é um conflito de amor e frustração constante, o relacionamento pautado em
expectativas e frustrações sempre terá dificuldades em encontrar o equilíbrio e
a paz. Mas mesmo com todas as suas dificuldades, existe muito amor entre mãe e
filha, e as duas sempre irão tentar conviver e se amar, mesmo com as
dificuldades... e faz parte... dá um “sabor”... imagina se na vida tudo fossem
flores? As flores seriam ordinárias e nada especiais...
Sabe...
filhos devem ser criados para a vida, para o mundo, precisamos curtir tudo o
que pudermos quando estão conosco. Existe toda uma nova geração de
mães que procuram evitar projetar suas
necessidades nos filhos (sonhos, desejos, necessidades). Nas gerações mais novas tenho
percebido relacionamentos diferentes, mães que respeitam a individualidade e
admiram seus filhos incondicionalmente. Oferecem a mão e o apoio, sem “tapar o
sol com a peneira” pois são capazes de enxergar seus filhos exatamente como são,
e oferecem respeito. É uma decisão difícil, mas creio que você, por experiência
própria, sabe bem como é ter que corresponder expectativas, pois sentiu-se
assim com sua própria mãe, bem como a frustração que vem com isso. Que todas
nós consigamos construir relacionamentos melhores para o futuro, e se não
conseguirmos, tudo bem, pois fizemos o nosso melhor.
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