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TERAPIA: É PARA MIM? PARA QUE SERVE?
COMO ESCOLHER MEU TERAPEUTA?
A terapia auxilia as pessoas em três situações distintas:
Como tratamento em saúde mental, para pessoas que estão em sofrimento por algum transtorno mental ou comportamental, como depressão, fobias, pânico, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia, disfunções sexuais, burnout, etc.
Como aconselhamento profissional para situações de estresse elevado, trauma ou conflito, e ainda para ajudar a melhorar relacionamentos familiares e amorosos.
Como orientação profissional em processos de desenvolvimento pessoal, para pessoas que desejam melhorar, ou otimizar habilidades em diversos campos de suas vidas.
A terapia auxilia as pessoas a lidarem com suas dificuldades e dores de forma eficiente, desenvolvendo ferramentas internas de regulação dos pensamentos e das emoções, que melhoram o autoconhecimento e a auto estima, permitindo que a pessoa desfrute de uma vida mais plena.
Existem muitas abordagens terapêuticas, e você sempre verá psicólogas declarando suas àreas de especialidade conforme suas abordagens teóricas: psicanálise, humanista, existencial, cognitivo comportamental, etc… Nós, psicólogas, falamos muito sobre isso por nos orgulhamos de nossa àrea de conhecimento escolhida para aprofundamento e especialização. Eu, por exemplo, escolhi a cognitivo comportamental por acreditar muito que a ciência contribui demais no desenvolvimento de técnicas seguras no tratamento psicológico, e fico muito orgulhosa em saber que essa é a modalidade padrão ouro em psicoterapia nos dias de hoje. No entanto, como uma pessoa que ama a ciência, não poderia ignorar o que estudos extensos comprovam: na verdade não é apenas a abordagem clínica o que define o sucesso de uma terapia, pois 80% do sucesso de uma terapia depende da formação do que chamamos de “aliança terapêutica”, que traduzindo significa a formação de um vínculo de confiança entre paciente e terapeuta, e apenas os 20% restantes dependem das qualidades técnicas do terapeuta escolhido. Ou seja: conheça o profissional não apenas por seu histórico acadêmico, mas também o conheça como ser humano, e entenda que se você não conseguir se sentir confortável com este profissional, não significa que a terapia não serve para você, apenas significa que você precisa conhecer outros terapeutas, até que encontre aquele com quem conseguirá sentir-se confortável para embarcar na jornada da terapia.
Fazer terapia possui aspectos muito interessantes, em um primeiro momento a sensação é de acolhimento, e isso é muito bom de sentir! Mas terapia não é uma jornada suave em todos os momentos, por mais que seja trabalho do psicoterapeuta buscar te preparar e desenvolver para enfrentar suas dificuldades e dores, respeitando os seus limites e tempo a todo momento, haverá sim situações mais difíceis e até dolorosas. Por mais que você esteja preparado para enfrentar suas dores, esse momento sempre será difícil, e é justamente nesse ponto que muitas pessoas desistem da terapia, ou começam uma jornada para encontrar um novo terapeuta. Uma coisa é escolher um terapeuta para iniciar sua jornada, mas outra muito diferente, é depois de iniciada essa jornada resolver desistir porque não consegue lidar com as dificuldades que você encontrará no processo. Se você está aqui procurando um profissional para iniciar uma jornada, é muito bem vindo!
Atenção: se você está querendo trocar de terapeuta, reflita um pouco melhor sobre isso antes de desperdiçar todo o investimento que já fez com o profissional que te acompanhou até aqui, que já te conhece, e que provavelmente está querendo te ajudar a enfrentar algo que te incomoda, mas que você se sente inseguro por algum motivo. Converse sobre isso com seu terapeuta primeiro, e se juntos chegarem à conclusão de que pode ser sim muito produtiva uma mudança de profissional, aí sim prossiga com esse passo.
MODALIDADE ONLINE - EFICÁCIA E DIFERENÇAS
Durante mais de 10 anos eu mantive um consultório físico, onde realizava principalmente atendimentos presenciais. Não desprezo esse tempo, muito pelo contrário eu valorizo demais, pois onde pude refinar muitas das minhas habilidades como terapeuta. Os atendimentos online vieram justamente de uma necessidade desses mesmos pacientes presenciais inicialmente, que desejavam manter o acompanhamento durante viagens, e após mudanças de cidade. Depois vieram também pessoas que tinham dificuldades em se locomover até o consultório, e quando a demanda por atendimentos online começaram a crescer, comecei a estudar melhor o assunto. Fiquei muito surpresa em descobrir que o atendimento online (à distância) existia antes mesmo da internet!
Antes mesmo da internet, pessoas que viviam em lugares mais afastados e não tinham o acesso às comodidades e profissionais dos grandes centros, faziam terapia através do telefone! Li estudos e relatórios que contam de programas terapêuticos para pessoas do campo, em que uma vez por semana iam aos centros comunitários e faziam suas sessões por telefone. Nesses estudos eram verificados os resultados desses programas terapêuticos, e a conclusão é que a eficácia é similar à programas terapêuticos presenciais. Ainda hoje, frequentemente são realizados estudos para acompanhar e verificar a qualidade e eficácia dos tratamentos online, obtendo sempre o mesmo resultado: a qualidade e eficácia são similares entre online e presencial.
Como terapeuta, por muitos anos trabalhei com as duas modalidades, e observei na minha prática uma distinção muito clara nos dois tipos de atendimento, que me fizeram optar por trabalhar apenas com sessões online: a disponibilidade mental (foco) dos pacientes online acaba sempre sendo superior à dos pacientes presenciais. Isso ocorre por dois motivos principais, o primeiro é por causa do deslocamento. No atendimento presencial você precisa se preparar para sair de onde está, e se locomover até o consultório da psicóloga. Esse traslado pode envolver: se arrumar (roupas, sapatos, etc), pegar ônibus ou dirigir, enfrentar o trânsito da cidade, passar por situações inesperadas que podem causar alto nível de estresse e até mesmo atrasos, enfrentar as condições climáticas do dia (calor extremo, chuvas torrenciais, etc), dentre outras possibilidades. Esse por si só acho que é o principal motivo da falta de foco quando os pacientes chegam ao consultório, muitas vezes inclusive “esbaforidos”. O segundo motivo é a diferença de ambiente, pois por mais que eu tenha feito o possível para proporcionar um consultório acolhedor e confortável, desde a escolha de cores, até a mobília confortável e a decoração sóbria, não deixa de ser um lugar diferente e novo para o paciente, e todo local novo desperta sentimentos diversos: curiosidade (a pessoa que ver tudo ao redor, desfocando a atenção da consulta), insegurança (algumas pessoas podem pensar se as paredes tem uma acústica ruim e todos os seus assuntos serem ouvidos na recepção, ou na sala ao lado, alguns tinham insegurança se outra pessoa poderia entrar do nada na sala mesmo com a porta trancada, etc), incômodo (por mais que eu tenha investido em sofás de qualidade, nem sempre agradava a todos, as vezes meu ar condicionado era muito frio, ou não esfriava o suficiente para o gosto da pessoa, às vezes os barulhos da rua chegavam ao consultório…), estranheza (acreditem, quando a pessoa se prepara para se abrir, e falar de assuntos íntimos, um ambiente diferente às vezes causa esse exato sentimento - isso pois falar de assuntos internos nos remete à sensação de confidência), e quando temos sorte conforto. Mas o principal que é necessário obtermos durante um atendimento, desde o início que é sensação de acolhimento, segurança, conforto e foco principalmente nos pensamentos e sentimentos (e não no ambiente), pode ser que aconteça com o tempo, pode ser que não, mas esses são sentimentos facilmente evocados quando a pessoa está no seu próprio ambiente.
Com a internet e os dispositivos eletrônicos cada vez mais avançados, os recursos para conduzir processos terapêuticos à distância melhoraram cada vez mais. Hoje podemos conduzir videochamadas de qualidade, podemos criar arquivos terapêuticos compartilhados em tempo real, gerar relatórios de registros terapêuticos automaticamente, existem aplicações que compartilham ferramentas para exercícios de terapia, etc… Bem, com tudo isso, os atendimentos online apenas ganharam mais espaço, permitindo que eu alcançasse cada vez mais pessoas inclusive fora do país. Hoje acompanho pacientes de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, e também pacientes dos EUA que residem em Washington, Califórnia, Flórida, Massachusetts, Pensilvânia, além de pacientes de Portugal, França, Alemanha, Itália e Reino Unido. Com isso pacientes antigos que se mudaram puderam continuar o tratamento, indicar para conhecidos que residiam longe, e eu pude trocar as preocupações com o consultório físico (que exige manutenção constante) por investimento na qualidade dos atendimentos (e acabei até realizando um sonho familiar e nos mudamos para uma cidade praiana 🥰).
Claro que terapia online com os recursos tecnológicos mais avançados não se aplicam à todo mundo, pois é preciso que a pessoa esteja confortável com o uso dos recursos, no entanto é preciso lembrar que os recursos podem sim, na maioria das situações, se adaptar às necessidades do usuário. Ou seja: existem recursos de vídeo chamada, compartilhamento de documentos e aplicações, geração de registros terapêuticos automatizados, que são maravilhosos, mas não essenciais, e a pessoa pode sim optar por chamadas telefônicas, manter registros físicos e compartilhar através da fala ou de fotos. Os recursos mais avançados são um plus, não uma exigência, visto que o foco principal numa terapia está nos processos mentais do paciente e não em suas habilidades tecnológicas.
Ao entrar em contato com a terapeuta, são avaliados quais os recursos serão utilizados na consulta (podendo mudar caso o paciente ou a terapeuta considerem necessário), será informado valores e formas de pagamento, bem como escolhemos juntos o horário do seu atendimento. Nesse primeiro contato ainda, enviarei um formulário para coletar informações básicas com a finalidade de abrir o seu prontuário de atendimento, e caso perceba a necessidade, antes mesmo da primeira consulta posso enviar testes psicológicos automatizados para verificarmos níveis de depressão, ansiedade, etc. (ao longo do acompanhamento outros testes podem vir a ser utilizados conforme a necessidade). Além disso, após o agendamento são feitas as recomendações para a primeira consulta: separar ao menos 5 minutos antes da consulta para se preparar (ir ao banheiro, beber àgua, conferir os dispositivos eletrônicos a serem usados, e o sinal de internet). Depois disso basta relaxar e se entregar ao processo terapêutico que embarcaremos juntos.
Se você ainda não conhece meu blog, te convido a passear pelas páginas e artigos que preparei com muito carinho, ali você encontrará artigos informativos sobre saúde mental, informações sobre meus livros, cursos online que disponibilizo sazonalmente, programas terapêuticos específicos, e mais. Te convido a se inscrever na newsletter do meu blog para receber as novidades assim que eu as publicar (pode ficar tranquilo que só irá receber as notificações de novos artigos, publicação de novos livros e abertura de turmas, o que é bem de vez em quando… nada de encher sua caixa de email com notificações constantes e insistência para nada). Seja bem vinda ao meu canal e blog, espero que goste do conteúdo, e se você tiver alguma dúvida ou queira agendar sua consulta, me chama no WhatsApp 😉
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