O trabalho é umas das partes importantes de nossas vidas,
quando o produto do trabalho nos dá orgulho, sentimos que estamos no trabalho
correto onde somos estimados, temos oportunidades de crescimento, e que é
recompensador financeiramente, então o trabalho é uma fonte de prazer e
desenvolvimento pessoal. Existem muitas pesquisas demonstrando que um
trabalhador que se reconheça nessas condições tem melhor saúde e qualidade de
vida.
Entretanto essa não é a realidade da maioria, que em geral
podem estar insatisfeitos ou estressados com sua vida ocupacional. Em períodos
de crise econômica encontramos muito mais dois problemas que quero abordar: o
estresse e o desemprego.
Quando as pessoas sentem que estão no emprego errado, ou quando
seus esforços físicos não são proporcionais à satisfação e recompensa que
encontram no seu trabalho, o resultado pode ser o estresse. Outro fator que vem
a potencializar o estresse é a pressão, que pode gerar conflitos e supressão de
agressividade, um dos motivos pelos quais a violência vem se tornando um
problema recorrente nos ambientes de trabalho. Quando intenso e frequente, o
estresse pode ser a causa de problemas cardíacos, musculares, fadiga,
resfriados frequentes, insônia, dor de cabeça, distúrbios estomacais e até
mesmo de transtornos mentais. O trabalhador estressado tem redução em sua
produtividade, e desenvolve problemas de relacionamento familiar e social. O
ideal seria uma redução nas horas trabalhadas, bem como o aumento do número de
intervalos. Outras medidas como exercícios, música e meditação também ajudam
bastante.
Talvez o maior estressor ligado ao trabalho seja o
desemprego. Em períodos de crise econômica as empresas tendem a enxugar seus
quadros de funcionários drasticamente, uma realidade que temos observado com
muita tristeza atualmente. Na década de 1930 houve a maior crise econômica de
todos os tempos, e nesse período os estudos sobre a pessoa desempregada revelou
o desenvolvimento de doenças físicas e mentais, incluindo enfarte, derrame,
ansiedade, depressão, problemas conjugais e familiares, problemas de saúde,
psicológico e de comportamento nas crianças, e suicídio.
O estresse resulta não só da perda de renda e consequente
dificuldade financeira, mas também o efeito dessa perda no autoconceito e nos
relacionamentos familiares. Os homens que ligam seu papel familiar ao sustento
e provimento, e ambos os trabalhadores que ligam a própria identidade ao seu
trabalho e acreditam que seu valor é definido pelo dinheiro, perdem mais que o
emprego, perdem suas identidade, parte si mesmos e sua auto estima.
Os que conseguem lidar melhor com o desemprego
são que tem recursos financeiros (economias ou renda de outros membros da
família), pois tendem a avaliar a situação de forma mais objetiva, e
sentem que podem contar com o apoio
familiar. Esses tendem a acreditar que podem influenciar positivamente sua
situação no futuro, e conseguem ver o desemprego como um desafio para o
crescimento emocional e profissional,
podendo mudar a direção de seus trabalhos e de suas vidas.
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