O apoio familiar ao paciente com depresão representa 60% a mais de chances da pessoa vencer a depressão. Entretanto a maioria das pessoas não sabem o que é a depressão, nem como ajudar, e acabam usando os recursos que tem, sem buscar ajuda para saber como ajudar!
Isso mesmo, receber ajuda para poder ajudar!
A depressão é um transtorno do humor grave, com prevalência média de 14,6% entre a população (fonte: ONU, 2012). No entanto o desconhecimento sobre essa doença, bem como os preconceitos à ela associados, dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, o que provoca a piora dos sintomas dificultando ainda mais o tratamento, e prolongando o sofrimento das pessoas.
As famílias que tem um membro portador de depressão, podem desempenhar um papel fundamental na vida desse indivíduo, auxiliando na melhora dos sintomas da doença. Mas para poder ajudar é preciso repensar muitos conhecimentos e preconceitos.
É importante que não se negue a existência da depressão, não desestimule a pessoa a fazer o tratamento, nem desmereça o que a pessoa sente. Depressão é uma doença grave e sem cura, que pode levar ao suicídio, sendo essa a oitava causa de morte entre os adultos. Esse transtorno não pode ser controlado apenas com a "força do pensamento" nem com o trabalho exaustivo, assim como a hipertensão e a diabetes, que também são doenças graves e sem cura, cujas causas ainda são desconhecidas, tal qual a depressão. Ou por algum acaso, alguém já foi curado de hipertensão com o pensamento positivo, ou com o trabalho exaustivo?
Assim como no caso da diabetes, da hipertensão e de outras doenças do gênero, a pessoa com depressão pode conquistar uma qualidade de vida e bem estar caso siga corretamente o tratamento psicoterapêutico e medicamentoso (é importantíssimo realizar os dois, pois um sem o outro seria como o diabético que usa a insulina mas não faz dieta). Nesse contexto é que o papel da família é primordial, pois a atitude compreensiva, incentivadora e realista, irão diferenciar exponencialmente os resultados positivos do tratamento. É uma atuação delicada, pois o limiar entre o correto a se fazer e o errado é bem difícil de distinguir num primeiro momento, mas com boa orientação é possível se sairem muito bem! É preciso acolher e compreender, sem ceder e aceitar às demandas negativas e restritivas da depressão, para isso a família irá precisar de muita ajuda, para saber como agir. Em primeiro lugar é preciso conversar com os profissionais que estão trabalhando com seu familiar. O médico poderá lhe ajudar explicando as reações esperadas da medicação, e quais aspectos é preciso observar em casa, quando pedir ajuda, etc. Ter uma conversa franca e aberta com a psicóloga, sobre como tem se sentido, suas expectativas e frustrações em relação à pessoa, também ajudará muito pois ela poderá lhe explicar um pouco mais sobre a depressão, alguns comportamentos que podem ajudar o relacionamento familiar no dia a dia, e ainda indicar bons livros para que vocês leiam e entendam melhor o que ocorre dentro de sua família. É essencial que todos APRENDAM sobre a depressão, pois apesar do muito que se fala quase nada é verdade, e isso atrapalha e frustra todos os envolvidos. Na hora de buscar conhecimentos, é importante que se use fontes confiáveis, bons livros (normalmente os recomendados pelo médico e pela psicóloga são mais confiáveis em seu conteúdo, bem como específicos ao que tem enfrentado), os sites precisam ser de fontes idôneas, os oriundos de profissionais especializados são os indicados, ou seja sites desenvolvidos por médicos e psicólogos. Esse conhecimento será muito útil para a família, afim de saber o que esperar e como agir diante a depressão da pessoa que lhe é tão próxima, além de poder compartilhar esse conhecimento com a pessoa deprimida, que na maioria das vezes tem suas funções cognitivas (concentração, aprendizado e memória) afetadas pela depressão, e por isso não será capaz de ler esses conteúdos sem ajuda.
A família deve também oferecer conforto, ao mesmo tempo que serve como uma consciência auxiliar no teste de realidade ao paciente com depressão. Ou seja, compreender, mostrar que a pessoa não está sozinha, mas esclarecer quais são os fatos e não dar subsídios para a pessoa ceder completamente à depressão. Não adianta forçar a pessoa a sair da cama se ela não tem energia, nem forçar a pessoa a sair e conversar com todos se a pessoa quer ficar sozinha, mas é preciso abrir as portas e convidar, bem como não abrir mão de fazer as coisas porque a pessoa não quer. Conversar com o deprimido e contar as coisas dinâmicas, interessantes ou divertidas que tem vivenciado, mostrando que essa pessoa poderia ter participado e como poderia ter participado também ajuda, pois pode ser um incentivo. Muitas vezes além da pouca energia, o deprimido acredita não ser capaz de interagir com as pessoas.
Por fim, e não menos importante, a atuação da família se estende também ao tratamento médico e psicológico do deprimido, ao ponto que a família pode observar sem as influências do pessismo da depressão, os sintomas que o paciente tem apresentado e deixado de apresentar, bem como avaliar a evolução do tratamento, afim de dar um feedback a esses profissionais, para que se possa adequar bem o tratamento ao paciente.
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7 de mar. de 2013
21 de jul. de 2010
PSICOTERAPIA: Quem precisa fazer?
É comum ouvirmos: "Fazer terapia é para malucos, como não sou louco não preciso disso!". Será que essa afirmativa é verdadeira? As pessoas normalmente dizem isso quando desconhecem o que é terapia, ou quando querem evitar confrontar seus próprios problemas.
A psicologia é um campo científico que atua em diversos segmentos (esporte, trânsito, jurídica, hospitalar, recursos humanos, etc), sendo que a clínica é uma modalidade de tratamento da saúde mental. O psicólogo clínico é um estudioso da mente humana, que está habilitado a avaliar e tratar as perturbações e transtornos da mente do homem (em todas as esferas da vida: social, familiar, profissional, comportamental, emotiva, cognitiva, etc.), sendo assim, sua atuação está ligada ao tratamento e à avaliação dos transtornos do humor (depressão, ansiedade, humor bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo), dos transtornos de personalidade (paranóide, esquizóide, esquizoafetivo, boderline, hebefrênico, etc...), dos transtornos do comportamento (desafiador opositivo, transtorno de conduta, sociopatia, etc.), dos transtornos de aprendizagem (hiperatividade, desatenção, etc.), e de diversas perturbações da saúde mental.
As pessoas nem sempre conseguem reconhecer que apresentam sintomas de uma determinada classificação psicopatológica, e por isso não conseguem perceber seu sofrimento e sua dor como algo que possa ser tratado por um psicólogo. Mas todos são capazes de perceber que tem dificuldades, as quais não conseguem superar sozinhos, por mais que se esforcem para isso.
Uma pessoa que está sofrendo com Transtorno de Ansiedade não consegue nomear seu sofrimento dessa maneira, mas é capaz de perceber que tem tido algumas dificuldades em seu funcionamento cotidiano, que tem o prejudicado em alguma àrea de sua vida, seja ela familiar, social, profissional, afetiva, comportamental ou cognitiva.
Para uma pessoa saber quando necessita da ajuda de um psicólogo, precisa analisar como tem se relacionado com o mundo, com as pessoas, e consigo mesma. Se em alguma dessas àreas, acredita estar tendo um desempenho insatisfatório, e que apesar de se esforçar não consegue promover melhoria real, então este é o ponto onde sua saúde mental começa a se abalar. Esse mal estar psíquico tende a crescer com o tempo, e começa a tomar outras partes de sua vida que antes não incomodava. Dessa maneira, o problema que inicialmente se tratava de um transtorno leve, transforma-se em um complexo de proporções graves. Um transtorno mental grave não surge da noite para o dia, mas é construído através de um aprendizado disfuncional do cérebro ao longo de anos de negligência da pessoa com sua saúde e bem estar mental.
Uma pessoa é capaz de perceber se está sempre preocupada, se não consegue relaxar, se enquanto todos conseguem lidar com as expectativas do dia a dia ela é incapazes de dormir ou se concentrar em outras coisas, por vezes sente falta de ar, palpitações, experimenta sudorese (suor em excesso), fica ruborizada, tem prisão de ventre, sofre de disfunção erétil, apresenta baixa auto-estima, ciúmes excessivo, tristeza prologada sem motivo suficiente que explique tal condição, experimenta desmotivação, perde a capacidade de sentir prazer, concentrar, apresenta dificuldades com a memória, tem tido muitas dificuldades em conviver bem com sua família, tem tido problemas com o cônjuge, dificuldades em lidar com os filhos, sente-se profundamente insatisfeita consigo mesma, é incapaz de dizer não às pessoas, não consegue economizar, come para preencher um vazio emocional, não tem controle sobre seu comportamento sexual, trabalha compulsivamente, joga compulsivamente, etc... Todas essas coisas, apesar de parecerem simples, são sinais de que a saúde psíquica está em apuros. A mente humana é como um iceberg, o que podemos perceber é apenas sua pequena ponta. A pessoa deve alertar-se quando algo a incomoda ou incomoda a todos à sua volta, não é preciso esperar apresentar dois, cinco ou dez problemas e perceberem suas vidas como um problema sem solução. Ao perceber que algo em sua vida não vai bem, a pessoa precisa tentar superar com seus intrumentos psíquicos adquiridos ao longo da vida, se o problema não for solucionado em menos de dois meses, então é o momento de buscar a ajuda de um psicólogo. Entretanto, quando a pessoa vai ao médico e este encaminha para o serviço de psicologia, é porque o momento de tentar com seus próprios recursos já passou, e a ajuda profissional é imprescindível.
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1 de jul. de 2010
NOVOS RELACIONAMENTOS
Como os relacionamentos mudaram em poucos anos... Durante muitos anos era algo previsível, controlável, constante... Mas desde a revolução sexual as coisas mudaram muito. Muitas pessoas sentem-se perdidas nesse campo. Tem aqueles que sabem se aproximar dos parceiros que lhe interessam, mas nem sempre são bem sucedidos em manter esse relacionamento. Também existem os que não conseguem participar do "jogo da paquera" (se bem que esse nome já está meio brega, mas reconheço que nem imagino qual o nome atual), seja por motivos de timidez, vergonha, inabilidade, baixa auto estima, etc...
E essa questão não termina por aí, relacionar-se é muito importante para nós, afinal de contas, somos seres humanos, sociais por definição, carentes por necessidade de sobrevivência e perpetuação da espécie. Então o fato é: precisamos nos relacionar, precisamos dar amor e ter alguém para receber este amor e de preferência retribuir satisfatoriamente.
Por causa dessa necessidade, as pessoas não podem simplesmente desistir de encontrar um parceiro (ou parceira). Por buscamos soluções, algumas vezes acertamos e na maioria das vezes erramos muito feio... Buscamos recursos muito prejudiciais...
Quando simplesmente não sabemos escolher um parceiro ideal, ou não conseguimos manter um relacionamento, às vezes partimos para o derrotismo: isso não é para mim; eu não consigo; eu não queria mesmo; eu não me importo; vai um vem oito... Tudo isso para evitar a dor do fracasso...
Quando o problema é a timidez, a vergonha, a inabilidade de aproximar-se de alguém, alguns recorrem ao álcool ou outras drogas "para dar coragem", o que no final termina em um desses dois problemas novamente, e a pessoa recorre sempre ao derrotismo...
O que fazer? Como mudar isso? Como ser bem sucedida no campo dos relacionamentos?
Não é fácil, mas quem disse que a vida seria fácil... O primeiro passo é parar de se dizer que o sexo oposto não quer mais ter um relacionamento sério, que o sexo fácil banalizou as relações, que ninguém se interessaria por você do jeito que é (com seus princípios, desejos, sonhos, etc). Não generalize seu problema nem jogue a culpa nos "outros". Assuma a responsabilidade por sua vida, suas escolhas e seus atos, assuma que você nunca recebeu um manual sobre o que fazer e por isso simplesmente NÃO SABE O QUE FAZER, e por que precisa tentar, está fazendo alguma coisa errada (ou tudo). Assuma que o problema está em você e deixe de se vitimizar, dependendo que o mundo mude por você, assuma o risco de ser dono das suas escolhas.
Se você conseguiu, parabéns! Está pronto para aprender o que fazer agora! Mas não se frustre com o que vem a seguir: não existe manual, ninguém sabe tudo, e nem sempre a gente acerta de primeira (ou de segunda, terceira...). Mas a gente pode refletir, descobrir o que está errado e então começar a pensar como fazer diferente!
Acho que a primeira coisa a fazer é pensar no que você quer de verdade? Existe momento na vida para tudo, adolescentes querem se divertir acima de tudo, com compromisso, seriedade, respeito, etc, mas definitivamente não vão encontrar o amor de suas vidas com quem ficarão para sempre (claro que existem raríssimas excessões), normalmente encontram um amor para ser importante naquela fase de suas vidas, e depois virá a faculdade, depois a vida adulta com suas responsabilidades e deveres... Já adultos jovens estão em processo de formação e definição de suas vidas, estão prontos a constituírem seus núcleos familiares, e por isso buscam coisas diferentes num companheiro nesse momento, normalmente o quese procura é um genitor para seus filhos, um companheiro que o apoie e ajude, uma pessoa com quem será agradável passar a vida junto, envelhecer e conhecer os netos, cuidar um do outro nas doenças e dificuldades (não é clichê, pense e verá que na verdade anseiamos exatamente isso).
Por isso agora você necessita pensar exatamente: o que eu quero? Quais são os atributos em uma pessoa que eu necessito? Pense bem: amigo, engraçado, inteligente, trabalhador, ambicioso, carinhoso, prevenido, emocional, sensível, impulsivo, misterioso, etc... Quais são as características que uma pessoa deve ter? Não se trata apenas de traços de personalidade, mas de gostos, projetos de vida, estrutura social e familiar também! Será que os planos de vida convergem? Ou você deseja uma vida sem filhos e a pessoa por quem se interessou deseja ter um time de futebol? Você deseja uma vida agitada de metrópole e a pessoa escolhida anseia por uma vida sossegada de interior? Você gosta de viajar, conhecer lugares novos, viver aventuras com bastante adrenalina, e a pessoa que te interessa na verdade gosta de ir ao cinema, ao clube e ver filmes com pipoca em casa? Você é uma pessoa ativa, que pratica muitos esportes, e a outra pessoa é essencialmente sedentária? Percebe como essas coisas todas são importantes? Então analise o perfil do seu ideal amado, quais atributos ele deve ter: a beleza é realmente importante para você? A pessoa precisa gostar de trabalhar? Estudar? Gostar de viajar? Gostar de esportes? Gostar de animais?
Mas lembre-se: escolha somente os atributos que lhe forem REALMENTE IMPORTANTES, aqueles sem os quais você sabe que poderia gerar frustrações, desavenças, separações... Afinal de contas, não existem príncipes encantados, todos temos que ser tolerantes com as diferenças, e mais ainda: flexíveis nos relacionamentos!
Após escrever num papel o perfil do seu ideal amado(a) - é importante escrever, ajuda na reflexão pois os pensamentos não ficam flutuantes e soltos - olhe novamente, veja se faltou alguma característica, se tem alguma que seja dispensável. Não se esqueça de ser completamente honesto com seus próprios sentimentos!!! Se para você a aparência física, a condição financeira, a capacidade intelectual, ou que quer que seja for realmente necessária, não tenha vergonha de assumir, mas caso você tenha escolhido características que considera superficiais e se envergonha disso apesar de achar que necessita delas, reavalie seus princípios, seu estilo de vida, às vezes não é tão errado quanto parece (afinal de contas, uma mulher que sempre teve uma condição financeira boa e muitas mordomias, não ficaria nada feliz em uma condição muito restrita de recursos, tendo que fazer tarefas que nunca realizou em toda a vida). Caso esteja com dificuldades em realizar essa etapa, procure ajuda com seu pai ou sua mãe, acredite, na grande maioria dos casos eles estão mais habilitados a te ajudar do que seus amigos! Você se surpreenderá com a sabedoria que eles podem te passar! Mas é lógico que existem as excessões, e nesses casos você pode recorrer aos amigos (mas antes veja se eles são sábios nesse assunto, se eles mantém relacionamentos estáveis, maduros e bem sucedidos, pois maus conselhos não vão te ajudar). Se ainda por cima, nenhuma dessas pessoas puder te ajudar, você pode buscar ajuda em um profissional, o psicólogo com certeza te ajudará a realizar essa reflexão de maneira bem sucedida!
Tarefa cumprida, vamos à batalha!
Sabendo quem é o seu parceiro ideal, você precisa começar a trabalhar com probabilidades e exercícios investigativos (nada de contratar detetives! Você precisa saber obter as informações que necessita). Ou seja, onde é provável que encontre alguém assim, aonde pessoas nesse perfil costumam estar? Pois é este local que você deve frequentar! Ou seja, se você quer uma pessoa sossegada que goste curtir um som com os amigos, não é na boate! Se você quer alguém trabalhador, não é de madrugada que vc vai achar! Se você quer alguém de fortes princípios religiosos, não é num bar... e por aí vai...
Mas lembre-se, esse é só o início, é preciso muito mais! Você precisa se produzir, buscar com os olhos e aproximar-se cautelosamente da pessoa que acredita ser ideal, e então começar a prestar atenção nos hábitos (o quanto essa pessoa bebe? como é o assunto? quem são os amigos? trabalha? tem ambição? o que gosta de fazer no tempo livre? como se relaciona com a família? quais são os projetos de vida dessa pessoa? - são perguntas que você deve conseguir responder após um curto período de tempo, como talvez uns 5 ou 10 encontros) antes de resolver investir num relacionamento.
Quando conseguir fazer isso, finalmente você estará realizando escolhas legítimas com um grande potencial de sucesso, e não deixando que o mundo escolha por você a próxima cilada!
Boa sorte e bons amores!
E essa questão não termina por aí, relacionar-se é muito importante para nós, afinal de contas, somos seres humanos, sociais por definição, carentes por necessidade de sobrevivência e perpetuação da espécie. Então o fato é: precisamos nos relacionar, precisamos dar amor e ter alguém para receber este amor e de preferência retribuir satisfatoriamente.
Por causa dessa necessidade, as pessoas não podem simplesmente desistir de encontrar um parceiro (ou parceira). Por buscamos soluções, algumas vezes acertamos e na maioria das vezes erramos muito feio... Buscamos recursos muito prejudiciais...
Quando simplesmente não sabemos escolher um parceiro ideal, ou não conseguimos manter um relacionamento, às vezes partimos para o derrotismo: isso não é para mim; eu não consigo; eu não queria mesmo; eu não me importo; vai um vem oito... Tudo isso para evitar a dor do fracasso...
Quando o problema é a timidez, a vergonha, a inabilidade de aproximar-se de alguém, alguns recorrem ao álcool ou outras drogas "para dar coragem", o que no final termina em um desses dois problemas novamente, e a pessoa recorre sempre ao derrotismo...
O que fazer? Como mudar isso? Como ser bem sucedida no campo dos relacionamentos?
Não é fácil, mas quem disse que a vida seria fácil... O primeiro passo é parar de se dizer que o sexo oposto não quer mais ter um relacionamento sério, que o sexo fácil banalizou as relações, que ninguém se interessaria por você do jeito que é (com seus princípios, desejos, sonhos, etc). Não generalize seu problema nem jogue a culpa nos "outros". Assuma a responsabilidade por sua vida, suas escolhas e seus atos, assuma que você nunca recebeu um manual sobre o que fazer e por isso simplesmente NÃO SABE O QUE FAZER, e por que precisa tentar, está fazendo alguma coisa errada (ou tudo). Assuma que o problema está em você e deixe de se vitimizar, dependendo que o mundo mude por você, assuma o risco de ser dono das suas escolhas.
Se você conseguiu, parabéns! Está pronto para aprender o que fazer agora! Mas não se frustre com o que vem a seguir: não existe manual, ninguém sabe tudo, e nem sempre a gente acerta de primeira (ou de segunda, terceira...). Mas a gente pode refletir, descobrir o que está errado e então começar a pensar como fazer diferente!
Acho que a primeira coisa a fazer é pensar no que você quer de verdade? Existe momento na vida para tudo, adolescentes querem se divertir acima de tudo, com compromisso, seriedade, respeito, etc, mas definitivamente não vão encontrar o amor de suas vidas com quem ficarão para sempre (claro que existem raríssimas excessões), normalmente encontram um amor para ser importante naquela fase de suas vidas, e depois virá a faculdade, depois a vida adulta com suas responsabilidades e deveres... Já adultos jovens estão em processo de formação e definição de suas vidas, estão prontos a constituírem seus núcleos familiares, e por isso buscam coisas diferentes num companheiro nesse momento, normalmente o quese procura é um genitor para seus filhos, um companheiro que o apoie e ajude, uma pessoa com quem será agradável passar a vida junto, envelhecer e conhecer os netos, cuidar um do outro nas doenças e dificuldades (não é clichê, pense e verá que na verdade anseiamos exatamente isso).
Por isso agora você necessita pensar exatamente: o que eu quero? Quais são os atributos em uma pessoa que eu necessito? Pense bem: amigo, engraçado, inteligente, trabalhador, ambicioso, carinhoso, prevenido, emocional, sensível, impulsivo, misterioso, etc... Quais são as características que uma pessoa deve ter? Não se trata apenas de traços de personalidade, mas de gostos, projetos de vida, estrutura social e familiar também! Será que os planos de vida convergem? Ou você deseja uma vida sem filhos e a pessoa por quem se interessou deseja ter um time de futebol? Você deseja uma vida agitada de metrópole e a pessoa escolhida anseia por uma vida sossegada de interior? Você gosta de viajar, conhecer lugares novos, viver aventuras com bastante adrenalina, e a pessoa que te interessa na verdade gosta de ir ao cinema, ao clube e ver filmes com pipoca em casa? Você é uma pessoa ativa, que pratica muitos esportes, e a outra pessoa é essencialmente sedentária? Percebe como essas coisas todas são importantes? Então analise o perfil do seu ideal amado, quais atributos ele deve ter: a beleza é realmente importante para você? A pessoa precisa gostar de trabalhar? Estudar? Gostar de viajar? Gostar de esportes? Gostar de animais?
Mas lembre-se: escolha somente os atributos que lhe forem REALMENTE IMPORTANTES, aqueles sem os quais você sabe que poderia gerar frustrações, desavenças, separações... Afinal de contas, não existem príncipes encantados, todos temos que ser tolerantes com as diferenças, e mais ainda: flexíveis nos relacionamentos!
Após escrever num papel o perfil do seu ideal amado(a) - é importante escrever, ajuda na reflexão pois os pensamentos não ficam flutuantes e soltos - olhe novamente, veja se faltou alguma característica, se tem alguma que seja dispensável. Não se esqueça de ser completamente honesto com seus próprios sentimentos!!! Se para você a aparência física, a condição financeira, a capacidade intelectual, ou que quer que seja for realmente necessária, não tenha vergonha de assumir, mas caso você tenha escolhido características que considera superficiais e se envergonha disso apesar de achar que necessita delas, reavalie seus princípios, seu estilo de vida, às vezes não é tão errado quanto parece (afinal de contas, uma mulher que sempre teve uma condição financeira boa e muitas mordomias, não ficaria nada feliz em uma condição muito restrita de recursos, tendo que fazer tarefas que nunca realizou em toda a vida). Caso esteja com dificuldades em realizar essa etapa, procure ajuda com seu pai ou sua mãe, acredite, na grande maioria dos casos eles estão mais habilitados a te ajudar do que seus amigos! Você se surpreenderá com a sabedoria que eles podem te passar! Mas é lógico que existem as excessões, e nesses casos você pode recorrer aos amigos (mas antes veja se eles são sábios nesse assunto, se eles mantém relacionamentos estáveis, maduros e bem sucedidos, pois maus conselhos não vão te ajudar). Se ainda por cima, nenhuma dessas pessoas puder te ajudar, você pode buscar ajuda em um profissional, o psicólogo com certeza te ajudará a realizar essa reflexão de maneira bem sucedida!
Tarefa cumprida, vamos à batalha!
Sabendo quem é o seu parceiro ideal, você precisa começar a trabalhar com probabilidades e exercícios investigativos (nada de contratar detetives! Você precisa saber obter as informações que necessita). Ou seja, onde é provável que encontre alguém assim, aonde pessoas nesse perfil costumam estar? Pois é este local que você deve frequentar! Ou seja, se você quer uma pessoa sossegada que goste curtir um som com os amigos, não é na boate! Se você quer alguém trabalhador, não é de madrugada que vc vai achar! Se você quer alguém de fortes princípios religiosos, não é num bar... e por aí vai...
Mas lembre-se, esse é só o início, é preciso muito mais! Você precisa se produzir, buscar com os olhos e aproximar-se cautelosamente da pessoa que acredita ser ideal, e então começar a prestar atenção nos hábitos (o quanto essa pessoa bebe? como é o assunto? quem são os amigos? trabalha? tem ambição? o que gosta de fazer no tempo livre? como se relaciona com a família? quais são os projetos de vida dessa pessoa? - são perguntas que você deve conseguir responder após um curto período de tempo, como talvez uns 5 ou 10 encontros) antes de resolver investir num relacionamento.
Quando conseguir fazer isso, finalmente você estará realizando escolhas legítimas com um grande potencial de sucesso, e não deixando que o mundo escolha por você a próxima cilada!
Boa sorte e bons amores!
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