Vamos conversar um pouquinho sobre os medos? Você sabia que
todos temos medos, e que os medos são sentimentos derivados da ansiedade? Pois
é! O medo é uma das emoções mais básicas do ser humano, e graças ao medo nossa
espécie sobreviveu até os dias de hoje! O medo de morrer nos faz reconhecer
situações perigosas, impedindo de pular grandes alturas, nos mantém distantes
de cobras, leões, ursos... Ele é necessário para que evitemos perigos, e na
medida certa é muito saudável. Na vida do homem das cavernas o medo era um
sentimento essencial, pois diante qualquer situação que representasse risco à
sua vida ou integridade física, o medo era ativado, liberando uma série de
hormônios e substâncias neuroquímicas que ativam o sistema nervoso simpático e
parassimpático, preparando o homem para lutar ou correr. Só que as eras se
passaram, a vida das pessoas hoje mudou muito. Hoje situações que podem ser
percebidas como um risco à vida e a integridade, podem não ser tão graves
assim, como uma mulher usando um vestido igual ao meu numa festa, ou a presença
de um colega de trabalho muito competitivo. Mas o cérebro as entendem como se
fossem perigo, gerando sentimentos de insegurança, que por períodos prolongados
podem levar à estafa, ou criando os medos patológicos, que como muitos já devem
ter ouvido falar, são chamados de FOBIAS. Como há uma grande variedade de
medos, a criatividade para dar nome às fobias é incrível: aracnofobia (medo de
aranhas), hidrofobia (medo de àgua), claustrofobia (medo de lugares fechados),
narebofobia (medo de nariz grande), rsrsrs tá certo a última eu inventei! Mas
foi uma brincadeira, pois não importa do que você tem medo, importa como você
se sente! Se você perde a razão, o controle sobre suas emoções e
comportamentos, sente-se oprimido por esse medo, e ele não é racional, é
simplesmente uma fobia. O medo patológico é algo que domina a mente da pessoa,
e faz com que ela viva em função disso, elaborando estratégias para se esquivar
do medo, e quanto mais a pessoa se esquiva do medo, maior ele se torna e mais
comportamentos de esquiva a pessoa sente a necessidade de desenvolver, até que
a pessoa tem parte de sua vida prejudicada por um medo irracional e sem
sentido. Vou dar um exemplo: uma pessoa começa a pensar que morcegos são
animais perigosos, e um dia pensa que um morcego poderia entrar pela janela da
sua casa (mesmo nunca tendo entrado nenhum, e nem havendo nenhum ninho por ali
perto). Então pelo medo de que o morcego entre pela janela da sala, a pessoa
começa a manter a janela fechada quando está na sala. Mas depois a pessoa
precisa manter a janela da sala sempre fechada, e aos poucos isso se estende
para os outros cômodos da casa. A cada dia que o morcego não entra pela casa,
ao invés de mostrar para a pessoa que não há perigo, ao contrário, ela pensa
que é graças ao seu comportamento de esquiva (ou seja, ter fechado as janelas),
que o morcego não entra, e por isso continua mantendo todas as janelas
fechadas. A melhor maneira de superar os medos é enfrenta-los. Algumas pessoas
podem ser capazes de fazer isso sozinhas, por sentirem-se fortes para isso.
Outras no entanto podem estar mais fragilizadas, e assim precisarem da ajuda de
um psicólogo para conseguirem enfrentar e superar seus medos. Mas lembrem-se de
analisar o próprio medo antes de começar a pensar que está sofrendo de fobia!
Se for um medo racional e funcional, que não atrapalhe sua vida não tem
problema! Os medos certos e na medida certa são bem saudáveis!
3 de mai. de 2016
Papai presente
O papel de um pai da vida dos filhos é inegavelmente
importante, pois é a presença paterna que auxilia a pessoa a: desenvolver
habilidades sociais mais expansivas, ser autoconfiante, entre outras
habilidades, que são diferentes das ensinadas pelas mães. Diversos estudos
realizados, em diferentes universidades dos EUA e da Europa, demonstraram que
famílias ajustadas com mãe e pai presentes de forma física e emocional na vida
dos filhos, são fundamentais para o sucesso na vida escolar e profissional, na
prevenção do envolvimento dos jovens com drogas e criminalidade, bem como para
a formação futura de famílias bem sucedidas. Entretanto o papel do pai não é
simplesmente o de existir, ou de trabalhar e levar dinheiro para casa. Nunca
foi só isso, mesmo quando pensamos nos tempos em que as mulheres ficavam em
casa cuidando exclusivamente da família.
Desde os tempos em que o homem era o provedor da família até
os dias de hoje, sempre houveram aqueles que se envolviam mais com o cotidiano
dos filhos, e assim ensinam valores, cobram posturas e comportamentos,
acompanham e auxiliam no rendimento escolar. Infelizmente esse tipo está cada
vez mais raro. E também sempre houve aqueles que “não tem cabeça para isso”,
pois pensam que a função deles é a de trabalhar e prover dinheiro, pois a
mulher deve cuidar de todo o resto. Quantas pessoas não são capazes de
reconhecer o pai que chega em casa do trabalho, toma banho, janta, vê televisão
e se ocupa do celular até a hora de dormir? Pois é, não mudou muito, só se
acrescenta o celular! O assustador na verdade, é que o índice de pais que
participam do cotidiano familiar está cada vez menor. Claro que existem muitos
fatores novos a serem considerados. Os pais normalmente tornam-se ainda mais
ausentes quando não vivem na mesma casa que os filhos, e normalmente isso não é
razão suficiente para esse comportamento.
O envolvimento do pai na vida dos filhos vai muito além ao
provimento financeiro, e começa muito antes dos pequenos começarem a
engatinhar! É compreensível que durante
a gestação a maioria dos homens não consigam estabelecer um contato muito
próximo com o bebê, até mesmo porque essa é uma fase de transição importante,
muitos tem dificuldades com a figura paterna de suas lembranças, ou não estão
confiantes de seu próprio papel paternal. Entretanto a partir do momento do
nascimento surge o compromisso e a necessidade da formação desse vínculo
afetivo, pois o filho agora é uma pessoa única e presente para se relacionar
com quem quer que esteja interessado. É também uma pessoa absolutamente
dependente de cuidados, que não precisam ser exclusivamente maternos. Bebês não
precisam só do leite materno, eles precisam trocar de fraldas (se o papai morre
de nojo de um cocô, porque a mamãe não sentiria o mesmo?), tomar banho, arrotar,
e de muito, muito, muito colinho, inclusive de madrugada, TODOS OS DIAS.
Conforme esse bebê cresce, aumentam as oportunidades para o
pai se envolver na rotina do filho. O pai pode participar da inserção de
frutas, papinhas e sucos, ajudar o bebê a aprender a andar e falar, brincar de
bola e do que mais tiver que a criança goste, ajudar a criança a ir no banheiro
e assim facilitar a consolidação do desfraldamento. Também é interessante a
participação ativa nas refeições das crianças, estimulando as crianças a
comerem de forma saudável. Em todos esses momentos a construção dos laços
afetivos se solidificam, facilitando as tarefas mais importantes (e também as
mais difíceis) no desenvolvimento dos filhos. Afinal de contas, logo vem a vida
acadêmica da criança, em que os pais precisam estudar junto aos filhos,
acompanhar a vida escolar e a socialização das crianças. Não dá para esperar
chegar a adolescência, pois nessa fase os laços afetivos precisam já estar
consolidados, para que o adolescentes tenha confiança na família em guia-lo
para a vida adulta. A confiança vem de laços afetivos fortes e construídos ao
longo do tempo, o que é responsabilidade dos pais em formar, não basta só a
mãe, ou só o pai, é preciso dois, assim como foi preciso na hora de conceber. A
mãe é capaz de fazer uma parte, mas não o todo, e o oposto também é verdade.
Observo muitas mulheres, desde aquelas que os filhos já
estão adultos, até aquelas cujos rebentos ainda são recém-nascidos, entre as
que ficam em casa cuidando da família e as que saem para trabalhar igual aos
maridos, e cerca de 80% dessas mulheres se queixam que os maridos nunca ajudam.
São queixas bem variadas sobre o que os homens não fazem para ajudar: não
trocam fraldas (principalmente as de cocô), não dão banho, não colocam para
dormir, não sabem fazer a mamadeira (que tem a receita impressa no rótulo do
leite), não ficam com a criança para a mulher fazer outras coisas (não ficam
nem para a mulher fazer as tarefas da casa, menos ainda para elas descansarem),
não ajudam com as tarefas escolares, etc. Mas as duas queixas campeãs são: não
acordam à noite quando o filho chama, chora, acorda, etc., e não ajudam a
educar com limites. Entretanto, muitas vezes o problema pode estar com as mães,
que centralizaram todos os cuidados do bebê, atrapalhando a aproximação do pai,
no momento mais delicado, que é o da formação de uma vida a partir do
começo. É muito comum as mulheres
assumirem todas as responsabilidades, como se o bebê fosse apenas delas, uma
atitude bastante responsável, mas bem prejudicial para o próprio bebê, pois o
pai também está devidamente qualificado para cuidar, e precisa cuidar para
aumentar o vínculo. Claro que esse não é o único motivo, existe também o
cultural e do comodismo, mas é preciso comprometer o pai na função de cuidar do
filho em qualquer situação, pois a aproximação através dos cuidados promove um
vínculo afetivo tão forte que é capaz de superar quase todas as barreiras.
Boas dicas:
O papai pode trocar as fraldas
O papai pode aprender a ler os rótulos e assim saber fazer a
mamadeira
Os papais podem se divertir muito lendo histórias,
inventando contos, cantando e brincando com o bebê
Os papais que revezam a noite com as mamães sentem-se mais
próximos dos filhos
26 de abr. de 2016
Como vai você!
Oi! Tenho sido convidada a participar de um programa de rádio matinal muuito bacana! É o programa do Francisco Barbosa, que é transmitido pela 96FM durante a semana, pela manhã. Minha participação costuma acontecer nas terças feiras, por volta de 9:40h, no quadro "como vai você"! A cada semana é falado um tema diferente, e depois costumo compartilhar no snapchat algo mais sobre o tema.
Quem puder ouvir e me dizer se gostou, pedir temas, criticar, etc, vai ser bem legal ter um feedback de ouvintes, já que a equipe é fofa demais para me criticar (rs)!
Quem puder ouvir e me dizer se gostou, pedir temas, criticar, etc, vai ser bem legal ter um feedback de ouvintes, já que a equipe é fofa demais para me criticar (rs)!
Ansiedade
Como eu já havia mencionado na postagem sobre o ACALME-SE, a ansiedade faz parte das nossas vidas, precisamos dela para fazermos o nosso melhor, nos empenharmos nas tarefas, e até mesmo para sair da cama pela manhã! A ansiedade é parte de nossas emoções evolutivas, portanto necessária e saudável. Existem pessoas que são mais ansiosas por natureza, é só lembrar daquelas pessoas que são bem agitadas, como que funcionando com voltagem 320, enquanto o restante das pessoas funciona com a voltagem 110. Essa característica não significa um problema em si, muitas pessoas podem funcionar de forma saudável assim.
As pessoas deveriam aprender a lidar com a ansiedade (bem como todos os outros sentimentos), desde cedo na vida, ainda na infância. A própria família deveria ser capaz de dar as ferramentas necessárias: exercitar a empatia, a compaixão, o teste de realidade, o consolo, a capacidade de reparar e buscar soluções realistas, e a capacidade de relaxar. Entretanto nem sempre as famílias são bem sucedidas, e nesses casos, uma pessoa que tenha a personalidade um pouco mais ansiosa, irá intensificar esses sentimentos, tornando-se constantemente preocupada, angustiada, e muito ansiosa... A ansiedade elevada pode levar a pessoa a desenvolver diversos transtornos mentais se não for tratada logo. Pode causar depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos fóbicos, transtorno do pânico, transtorno de compulsão alimentar, gastrite nervosa, etc... Por isso é importante que a pessoa avalie seu nível de ansiedade, pois se alguma esfera de sua vida está sendo prejudicada devido sua ansiedade (familiar, profissional, amorosa, social, financeira), então é necessário buscar um tratamento psicológico o quanto antes.
O tratamento cognitivo comportamental da ansiedade visa a ensinar ao paciente, a lidar com a ansiedade, desenvolver a habilidade de relaxar e conviver com a ansiedade, melhorar a qualidade dos pensamentos, do teste de realidade, bem como desenvolver habilidades necessárias para o manejo das emoções. Quanto antes o tratamento é iniciado, mais fácil e rápido se atinge os objetivos, entretanto quando se prorroga o inicio dos cuidados, outras morbidades psíquicas podem se desenvolver associadas a ansiedade, dificultando muito o processo terapêutico, que se tornará mais difícil e longo.
Uma excelente dica de manejo da ansiedade está no post ACALME-SE, leia lá como um complemento ok!
Bjs e relax! ;-)
25 de abr. de 2016
Psicologia Inversa
Hoje vamos falar sobre a psicologia inversa, que é muito falada entre as pessoas e profissionais de comunicação, conhecida por ser uma técnica de persuasão, ou de manipulação... Depende do ponto de vista e do uso... Teoricamente você poderia convencer uma pessoa a fazer algo, dizendo a ela para fazer exatamente o oposto. Vamos testar: NÃO PENSE EM UM AVIÃO VERMELHO! Todos são obrigados a pensar num avião vermelho, até mesmo para não pensar.
Usar a inversão para fazer pensar é mais fácil do que levar uma pessoa a agir. Isso funcionaria melhor com aquelas pessoas pessoas mais reativas, ou rebeldes, pois essas poderiam ser impelidas a se comportar com o inverso do que é dito, simplesmente por não aceitarem receber ordens. Mas o efeito é questionável, pois se você disser à um adolescente “não arrume o seu quarto”, ou “não estude matemática”, claro que o adolescente não vai arrumar o quarto e nem estudar. Por esse motivo, a psicologia reversa não é assim tão famosa entre os psicólogos, já que a sua eficácia é duvidosa, e o efeito provocado por essa técnica não se sustenta por um tempo satisfatório (logo a pessoa percebe que está sendo manipulada), além de gerar outros problemas nos relacionamentos e na comunicação. Isso pois a própria técnica da psicologia inversa exige que o praticante desperte sentimentos negativos na pessoa que quer manipular, para que essa queira contrariar o que for falado. Isso acaba por gerar conflitos, despertando sentimentos de aversão da pessoa que recebe o comando invertido para com a pessoa que envia a ordem inversa, o que desgasta o relacionamento entre as pessoas.
Nos relacionamentos portanto, quando você percebe que a outra pessoa não quer fazer algo que é importante para você, antes de tentar manipulá-la com a psicologia inversa, tente se colocar no lugar do outro, entender o porquê dessa pessoa estar agindo assim, até mesmo para saber o quanto de colaboração pode esperar do outro, e como abordar o tema de forma mais eficiente. Como por exemplo pedir a um adolescente para arrumar o guarda roupas, é preciso pensar que para ele essa é uma tarefa cansativa, enfadonha e que ele julga desnecessário. Você poderia deixar ficar muito bagunçado até que ele não consiga achar mais nada, e então mostrar a importância de manter arrumado, ou pedir que ele encontre um objeto que está no guarda roupas dele, mas sumido entre a bagunça.
Algumas pessoas as vezes podem se sentir tentadas a usar a inversão com crianças pequenas quando percebem que ela faz exatamente o oposto do que é pedido, mas não se enganem, o comportamento da criança é um “teste” de limites que ela está fazendo, se você começar a usar a comunicação inversa, vai chegar uma hora que a habilidade de comunicação e compreensão dessa criança estará comprometida, de forma que ela não saberá se o inverso de guarde seus brinquedos, é não guardar ou guardar.
Por isso, apesar de ser fascinante a idéia de manipular a mente alheia, lembre dos perigos e problemas que envolvem o uso da psicologia inversa. Procure desenvolver comportamentos mais saudáveis, como a assertividade e a empatia!
Um grande abraço para todos!
*esse foi o tema da entrevista para o programa de rádio do Francisco Barbosa, na 96FM, em 26/04/2016 às 9:40.
1 de mai. de 2013
Trabalhar para viver ou viver para trabalhar?
Alguns crêem que Deus amaldiçoou o trabalho no Éden, mas veja como isso não é verdade: O homem que teme a Deus, comerá do seu trabalho, e feliz será (Salmo 128.1-2). Trabalho não é maldição, é um instrumento abençoado para complementar a vida do homem. O trabalho é fonte de bênçãos, realização, reconhecimento, socialização e até felicidade!
O problema é quando a pessoa vive para o trabalho, pois assim deixa de viver as outras partes importantes de sua vida como o lazer, a família, etc. Assim como a pessoa que não gosta e não se dedica ao trabalho viverá as consequências dessa escolha, a pessoa que só vive para o trabalho também sofrerá com isso. Esse problema é considerado um "vício em trabalho", chamado de workaholic na literatura profissional.
Um workaholic inicialmente irá vivenciar uma certa euforia, pois com sua dedicação integral terá um alavancamento profissional diferenciado. O problema é que isso não vai muito longe, pois enquanto a vida profissional está em plena ascensão a vida pessoal, familiar, afetiva e social, bem como a saúde física e mental estão indo ralo abaixo. O maior engano é que se ficar mais tempo no trabalho se sentirá melhor, produzirá mais e terá sucesso, ao menos no trabalho. O excesso de tempo no trabalho produz um acúmulo prejudicial de estresse. Isso reduz a capacidade de concentração e lentifica os processos cognitivos de aprendizagem e criatividade, reduzindo assim o potencial produtivo. Além disso, o estresse acumulado também interfere na qualidade do sono e do humor, fazendo com que a pessoa se torne menos sociável, reduzindo os seus indicadores de felicidade... Os passos seguintes na vida de uma pessoa viciada em trabalho são: solidão, tristeza, melancolia e vazio existencial, bem como o padecimento físico. As doenças mais comuns associadas a esse problema comportamental são as ortopédicas, digestivas, cardiológicas e psicológicas. No campo das doenças psicológicas encontramos os quadros de ansiedade generalizada e depressão como as principais encontradas nos consultórios. Com isso a ascensão parou, e a vida produtiva vai chegando ao fim, muito cedo...
O problema não é a dedicação ao trabalho, mas a falta de dedicação às demais coisas, que são sempre colocadas em último plano. Depois eu dou atenção aos meus pais, até o dia que eles não estão mais disponíveis. Depois dou atenção ao cônjuge, até o dia que pede divórcio. Depois dou atenção aos filhos, até que eles saem de casa... Depois vou ao médico....Para tudo na vida há tempo, há o momento de trabalhar, e esse é chamado de horário de expediente, que quando é encerrado se inicia outro expediente, onda sua vida pessoal. Saber balancear entre profissional e pessoal, trabalho e lazer é o que garante uma vida feliz e plena além de garantir sucesso profissional também.
Tudo que vier às suas mãos para fazer, faze-a conforme as tuas forças – eclesiastes 9.10
7 de mar. de 2013
Como familiares podem ajudar pessoas deprimidas.
O apoio familiar ao paciente com depresão representa 60% a mais de chances da pessoa vencer a depressão. Entretanto a maioria das pessoas não sabem o que é a depressão, nem como ajudar, e acabam usando os recursos que tem, sem buscar ajuda para saber como ajudar!
Isso mesmo, receber ajuda para poder ajudar!
A depressão é um transtorno do humor grave, com prevalência média de 14,6% entre a população (fonte: ONU, 2012). No entanto o desconhecimento sobre essa doença, bem como os preconceitos à ela associados, dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, o que provoca a piora dos sintomas dificultando ainda mais o tratamento, e prolongando o sofrimento das pessoas.
As famílias que tem um membro portador de depressão, podem desempenhar um papel fundamental na vida desse indivíduo, auxiliando na melhora dos sintomas da doença. Mas para poder ajudar é preciso repensar muitos conhecimentos e preconceitos.
É importante que não se negue a existência da depressão, não desestimule a pessoa a fazer o tratamento, nem desmereça o que a pessoa sente. Depressão é uma doença grave e sem cura, que pode levar ao suicídio, sendo essa a oitava causa de morte entre os adultos. Esse transtorno não pode ser controlado apenas com a "força do pensamento" nem com o trabalho exaustivo, assim como a hipertensão e a diabetes, que também são doenças graves e sem cura, cujas causas ainda são desconhecidas, tal qual a depressão. Ou por algum acaso, alguém já foi curado de hipertensão com o pensamento positivo, ou com o trabalho exaustivo?
Assim como no caso da diabetes, da hipertensão e de outras doenças do gênero, a pessoa com depressão pode conquistar uma qualidade de vida e bem estar caso siga corretamente o tratamento psicoterapêutico e medicamentoso (é importantíssimo realizar os dois, pois um sem o outro seria como o diabético que usa a insulina mas não faz dieta). Nesse contexto é que o papel da família é primordial, pois a atitude compreensiva, incentivadora e realista, irão diferenciar exponencialmente os resultados positivos do tratamento. É uma atuação delicada, pois o limiar entre o correto a se fazer e o errado é bem difícil de distinguir num primeiro momento, mas com boa orientação é possível se sairem muito bem! É preciso acolher e compreender, sem ceder e aceitar às demandas negativas e restritivas da depressão, para isso a família irá precisar de muita ajuda, para saber como agir. Em primeiro lugar é preciso conversar com os profissionais que estão trabalhando com seu familiar. O médico poderá lhe ajudar explicando as reações esperadas da medicação, e quais aspectos é preciso observar em casa, quando pedir ajuda, etc. Ter uma conversa franca e aberta com a psicóloga, sobre como tem se sentido, suas expectativas e frustrações em relação à pessoa, também ajudará muito pois ela poderá lhe explicar um pouco mais sobre a depressão, alguns comportamentos que podem ajudar o relacionamento familiar no dia a dia, e ainda indicar bons livros para que vocês leiam e entendam melhor o que ocorre dentro de sua família. É essencial que todos APRENDAM sobre a depressão, pois apesar do muito que se fala quase nada é verdade, e isso atrapalha e frustra todos os envolvidos. Na hora de buscar conhecimentos, é importante que se use fontes confiáveis, bons livros (normalmente os recomendados pelo médico e pela psicóloga são mais confiáveis em seu conteúdo, bem como específicos ao que tem enfrentado), os sites precisam ser de fontes idôneas, os oriundos de profissionais especializados são os indicados, ou seja sites desenvolvidos por médicos e psicólogos. Esse conhecimento será muito útil para a família, afim de saber o que esperar e como agir diante a depressão da pessoa que lhe é tão próxima, além de poder compartilhar esse conhecimento com a pessoa deprimida, que na maioria das vezes tem suas funções cognitivas (concentração, aprendizado e memória) afetadas pela depressão, e por isso não será capaz de ler esses conteúdos sem ajuda.
A família deve também oferecer conforto, ao mesmo tempo que serve como uma consciência auxiliar no teste de realidade ao paciente com depressão. Ou seja, compreender, mostrar que a pessoa não está sozinha, mas esclarecer quais são os fatos e não dar subsídios para a pessoa ceder completamente à depressão. Não adianta forçar a pessoa a sair da cama se ela não tem energia, nem forçar a pessoa a sair e conversar com todos se a pessoa quer ficar sozinha, mas é preciso abrir as portas e convidar, bem como não abrir mão de fazer as coisas porque a pessoa não quer. Conversar com o deprimido e contar as coisas dinâmicas, interessantes ou divertidas que tem vivenciado, mostrando que essa pessoa poderia ter participado e como poderia ter participado também ajuda, pois pode ser um incentivo. Muitas vezes além da pouca energia, o deprimido acredita não ser capaz de interagir com as pessoas.
Por fim, e não menos importante, a atuação da família se estende também ao tratamento médico e psicológico do deprimido, ao ponto que a família pode observar sem as influências do pessismo da depressão, os sintomas que o paciente tem apresentado e deixado de apresentar, bem como avaliar a evolução do tratamento, afim de dar um feedback a esses profissionais, para que se possa adequar bem o tratamento ao paciente.
Isso mesmo, receber ajuda para poder ajudar!
A depressão é um transtorno do humor grave, com prevalência média de 14,6% entre a população (fonte: ONU, 2012). No entanto o desconhecimento sobre essa doença, bem como os preconceitos à ela associados, dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, o que provoca a piora dos sintomas dificultando ainda mais o tratamento, e prolongando o sofrimento das pessoas.
As famílias que tem um membro portador de depressão, podem desempenhar um papel fundamental na vida desse indivíduo, auxiliando na melhora dos sintomas da doença. Mas para poder ajudar é preciso repensar muitos conhecimentos e preconceitos.
É importante que não se negue a existência da depressão, não desestimule a pessoa a fazer o tratamento, nem desmereça o que a pessoa sente. Depressão é uma doença grave e sem cura, que pode levar ao suicídio, sendo essa a oitava causa de morte entre os adultos. Esse transtorno não pode ser controlado apenas com a "força do pensamento" nem com o trabalho exaustivo, assim como a hipertensão e a diabetes, que também são doenças graves e sem cura, cujas causas ainda são desconhecidas, tal qual a depressão. Ou por algum acaso, alguém já foi curado de hipertensão com o pensamento positivo, ou com o trabalho exaustivo?
Assim como no caso da diabetes, da hipertensão e de outras doenças do gênero, a pessoa com depressão pode conquistar uma qualidade de vida e bem estar caso siga corretamente o tratamento psicoterapêutico e medicamentoso (é importantíssimo realizar os dois, pois um sem o outro seria como o diabético que usa a insulina mas não faz dieta). Nesse contexto é que o papel da família é primordial, pois a atitude compreensiva, incentivadora e realista, irão diferenciar exponencialmente os resultados positivos do tratamento. É uma atuação delicada, pois o limiar entre o correto a se fazer e o errado é bem difícil de distinguir num primeiro momento, mas com boa orientação é possível se sairem muito bem! É preciso acolher e compreender, sem ceder e aceitar às demandas negativas e restritivas da depressão, para isso a família irá precisar de muita ajuda, para saber como agir. Em primeiro lugar é preciso conversar com os profissionais que estão trabalhando com seu familiar. O médico poderá lhe ajudar explicando as reações esperadas da medicação, e quais aspectos é preciso observar em casa, quando pedir ajuda, etc. Ter uma conversa franca e aberta com a psicóloga, sobre como tem se sentido, suas expectativas e frustrações em relação à pessoa, também ajudará muito pois ela poderá lhe explicar um pouco mais sobre a depressão, alguns comportamentos que podem ajudar o relacionamento familiar no dia a dia, e ainda indicar bons livros para que vocês leiam e entendam melhor o que ocorre dentro de sua família. É essencial que todos APRENDAM sobre a depressão, pois apesar do muito que se fala quase nada é verdade, e isso atrapalha e frustra todos os envolvidos. Na hora de buscar conhecimentos, é importante que se use fontes confiáveis, bons livros (normalmente os recomendados pelo médico e pela psicóloga são mais confiáveis em seu conteúdo, bem como específicos ao que tem enfrentado), os sites precisam ser de fontes idôneas, os oriundos de profissionais especializados são os indicados, ou seja sites desenvolvidos por médicos e psicólogos. Esse conhecimento será muito útil para a família, afim de saber o que esperar e como agir diante a depressão da pessoa que lhe é tão próxima, além de poder compartilhar esse conhecimento com a pessoa deprimida, que na maioria das vezes tem suas funções cognitivas (concentração, aprendizado e memória) afetadas pela depressão, e por isso não será capaz de ler esses conteúdos sem ajuda.
A família deve também oferecer conforto, ao mesmo tempo que serve como uma consciência auxiliar no teste de realidade ao paciente com depressão. Ou seja, compreender, mostrar que a pessoa não está sozinha, mas esclarecer quais são os fatos e não dar subsídios para a pessoa ceder completamente à depressão. Não adianta forçar a pessoa a sair da cama se ela não tem energia, nem forçar a pessoa a sair e conversar com todos se a pessoa quer ficar sozinha, mas é preciso abrir as portas e convidar, bem como não abrir mão de fazer as coisas porque a pessoa não quer. Conversar com o deprimido e contar as coisas dinâmicas, interessantes ou divertidas que tem vivenciado, mostrando que essa pessoa poderia ter participado e como poderia ter participado também ajuda, pois pode ser um incentivo. Muitas vezes além da pouca energia, o deprimido acredita não ser capaz de interagir com as pessoas.
Por fim, e não menos importante, a atuação da família se estende também ao tratamento médico e psicológico do deprimido, ao ponto que a família pode observar sem as influências do pessismo da depressão, os sintomas que o paciente tem apresentado e deixado de apresentar, bem como avaliar a evolução do tratamento, afim de dar um feedback a esses profissionais, para que se possa adequar bem o tratamento ao paciente.
30 de jan. de 2013
Saudade
Trata-se de uma palavra que existe somente nas línguas galega e portuguesa, que descreve a mistura de sentimentos relacionados à falta, perda, amor, tristeza e nostalgia. Essa expressão surgiu há séculos atrás, no período das grandes navegações, entre as famílias de embarcados, para expressar os sentimentos que tinham relacionados aos entes ausentes.
A saudade é um sentimento natural, assim como a alegria e a tristeza. Pesquisadores sugerem que alguns animais (normalmente mamíferos) sejam capazes de experiênciar esse sentimento também. Como todo sentimento natural, é um sentimento saudável e importante na manutenção da saúde mental desde que sempre esteja equilibrado, permitindo que possamos experiênciar outros sentimentos também, conforme o momento e as circunstâncias.
Podemos experimentar saudade de diversos modos e intensidades. Pode-se sentir saudades de objetos perdidos, animais de estimação, comidas, filmes, perfumes, pessoas amigas, pessoas amadas, lugares onde estivemos, etc... E também existe a saudade que fica após termos perdido um ente querido devido falecimento, e este tipo de saudade é muito diferente, por envolver um processo de luto.
Quando temos saudade de algo que podemos recuperar, esse sentimento é nostálgico, embora possa ser saciado "matando a saudade", o que pode trazer sentimentos e emoções muito agradáveis. Entretanto a saudade que se experimenta devido um processo de luto, essa não poderá ser saciada, e por isso é muito importante conseguir desenvolver um processo de luto saudável, concluindo os ciclos necessários para a resolução desses sentimentos. Esses ciclos normalmente envolvem negação, raiva/revolta e por fim aceitação/superação. É importante que a pessoa possa compartilhar seus sentimentos e pensamentos, ser acolhida em sua dor. Normalmente desabafar junto aos outros enlutados é muito positivo, já que a dor compartilhada é dor diminuída. É confortante saber que não estamos sozinhos com a nossa dor, que há outras pessoas que estão passando pela mesma dor e tristeza que nós, e que podem nos compreender. Nessa troca ainda há mais benefícios, pois em grupo pode-se perceber no outro aquilo que não conseguimos perceber em nós mesmos, que mesmo com o sentimento de ausência, a dor e a tristeza, a vida continua e todos somos capazes e superar e seguir adiante. Fazemos isso naturalmente e não os damos conta, pensamos estar sufocados pela dor, mas ao vermos os outros superando, isso nos dá forças e ânimo. Nas situações mais extremas como o enlutamento, os rituais religiosos são muito importantes para os indivíduos conseguirem se despedir do ente querido, obter conforto na ausência dos amados, e prosseguir na vida. O que em alguns momentos da vida pode parecer ilógico, na hora do luto é o que pode conseguir trazer algum significado à vida. O ato do velório, um momento onde os vivos se reúnem para despedir do ente falecido, e ali choram, se entristecem, lembram da vida daquela pessoa e dos fatos que as marcaram, esse é um processo de despedida, onde as pessoas vão elaborando suas emoções para começar a lidar com essa ausência definitiva. A seguir vem o enterro, que também possui seus significados, muito além de uma medida higiênica adotada há séculos quando da formação das primeiras cidades, o ato de enterrar finaliza a despedida, o adeus final. Momento muito delicado, triste, decisivo para as pessoas que se despedem, e nesse momento os atos religiosos mais uma vez são os capazes de trazer algum conforto e sentido à vida, na medida em que trazem significado à terra "da terra vieste e à terra retornarás", e na crença do pós vida, onde poderemos reencontrar um dia as pessoas amadas.
Esses processos devem ser respeitados, pois irão determinar uma recuperação mais rápida quando tudo acabar.
Entretanto, saudades que prendem a pessoa a uma vida que não existe mais devem ser tratados como processos patogênicos. Uma pessoa que não consegue superar o falecimento de um ente e vive em reclusão, continuamente triste, sem querer voltar a viver as alegrias do dia a dia, necessita de cuidados psicoterapêuticos, e muitas vezes acompanhamento médico também. Ou então a pessoa apegada à vida que teve num passado distante, ou em um local distante, e simplesmente não conseguem se adaptar e viver felizes e satisfeitas com a vida presente. Essas pessoas tem muita resistência a mudanças, e muita dificuldade de se adaptar. A necessidade nesses casos é de acompanhamento psicológico e análise da necessidade de um acompanhamento médico, caso haja um transtorno do humor ou da personalidade instalado.
A saudade é saudável enquanto não impede que a pessoa experiêncie os demais sentimentos e eventos que a vida tem a oferecer. Quando a saudade começa a dominar a vida de uma pessoa, é hora de buscar um atendimento psicológico.
Bons pensamentos e bons sentimentos!
Consumismo, Shopaholics, Compradores Compulsivos, Síndrome de Sushma...
Vivemos em uma sociedade de consumo, onde expressamos nossa identidade e estilo de vida através dos bens que consumimos. Um antigo vídeo de treinamento para atendentes de lavanderia já dizia que "a roupa é muito importante afetivamente para seu dono, pois representa parte de sua identidade". Esse vídeo já expressava um conceito que em pouco tempo se tornou mais abrangente e arraigado em nossa cultura, o conceito de consumo. O consumo hoje não é apenas para a subsistência, tornou-se um determinador de personalidades e estilos de vida. Não somente as roupas e sapatos, mas também carros, casa, decoração, lugares que se freqüenta e serviços que utiliza, também entram no rol de consumo dos dias de hoje. Hoje o que é considerado consumo necessário vai muito além da subsistência, não se diferencia apenas por classes sociais, mas também por ideologias, estilos de vida, formas de expressar-se. Com toda essa extensão que ganhou o conceito de consumo, a linha que separa o consumidor saudável do shopaholic tornou-se bem mais tênue.
O padrão patológico de comprar foi descrito em literatura de saúde há mais de um século, por Kraeplin e Bleuler. Oniomania, shopaholic, comprador compulsivo, síndrome de sushma, entre outros nomes, trata-se de um transtorno mental do espectro obsessivo compulsivo, que provoca desordem do humor e alteração dos padrões de comportamento. Pode associar-se a outros transtornos ainda, como a depressão, o roubo patológico, a paranóia, podendo levar a pessoa ao suicídio. Isso sem contar uma série de outros problemas que esse transtorno traz, como o endividamento, a perda de crédito, falência, roubos, desfalques, destruição dos relacionamentos amorosos e familiares, etc.
O comportamento patológico é caracterizado por:
*Excessiva preocupação em comprar
*Aflição ou prejuízo como resultado da atividade
*O comportamento de comprar demais não está limitado a episódios de mania/hipomania.
A compra inicialmente proporciona a sensação de ser especial e reduz a sensação de solidão, entretanto logo em seguida a pessoa experimenta sentimentos de decepção e culpa, que acabam desencadeando outro episódio de compra. Outros sentimentos também estão associados, como raiva, estresse, vergonha, etc. Em muitos casos a pessoa chega a ter medo e/ou vergonha de assumir que fez a compra, esse sentimento pode assumir uma intensidade tal, que logo após a compra, a pessoa destrói o item afim de esconder dos familiares e amigos o que fez. O preço desses comportamentos é o fim da saúde mental, financeira e emocional.
Há ainda um outro fator muito importante a ser abordado: crianças que crescem em um lar onde ao menos um dos pais é um shopaholic. Essas crianças crescem com baixa auto-estima por não serem valorizados enquanto seres humanos, indivíduos. Ficam muito sozinhas pois o relacionamento parental, que deveria ser a referência de desenvolvimento, é subvertido pelos bens proporcionados de conforto, brinquedos e comida. Além do sentimento de solidão e baixa auto-estima, essas crianças aprendem padrões de relacionamento distorcidos, orientados para as coisas e não para as pessoas.
É necessário que o comprador compulsivo procure a ajuda de um psicólogo, realize o tratamento psicoterapêutico e médico, que envolverá consultas semanais de psicoterapia, e mensais e/ou quinzenais com o médico. Somente assim a pessoa será capaz de restabelecer seu equilíbrio financeiro, pessoal e familiar, resgatando os relacionamentos e a saúde perdida.
O padrão patológico de comprar foi descrito em literatura de saúde há mais de um século, por Kraeplin e Bleuler. Oniomania, shopaholic, comprador compulsivo, síndrome de sushma, entre outros nomes, trata-se de um transtorno mental do espectro obsessivo compulsivo, que provoca desordem do humor e alteração dos padrões de comportamento. Pode associar-se a outros transtornos ainda, como a depressão, o roubo patológico, a paranóia, podendo levar a pessoa ao suicídio. Isso sem contar uma série de outros problemas que esse transtorno traz, como o endividamento, a perda de crédito, falência, roubos, desfalques, destruição dos relacionamentos amorosos e familiares, etc.
O comportamento patológico é caracterizado por:
*Excessiva preocupação em comprar
*Aflição ou prejuízo como resultado da atividade
*O comportamento de comprar demais não está limitado a episódios de mania/hipomania.
A compra inicialmente proporciona a sensação de ser especial e reduz a sensação de solidão, entretanto logo em seguida a pessoa experimenta sentimentos de decepção e culpa, que acabam desencadeando outro episódio de compra. Outros sentimentos também estão associados, como raiva, estresse, vergonha, etc. Em muitos casos a pessoa chega a ter medo e/ou vergonha de assumir que fez a compra, esse sentimento pode assumir uma intensidade tal, que logo após a compra, a pessoa destrói o item afim de esconder dos familiares e amigos o que fez. O preço desses comportamentos é o fim da saúde mental, financeira e emocional.
Há ainda um outro fator muito importante a ser abordado: crianças que crescem em um lar onde ao menos um dos pais é um shopaholic. Essas crianças crescem com baixa auto-estima por não serem valorizados enquanto seres humanos, indivíduos. Ficam muito sozinhas pois o relacionamento parental, que deveria ser a referência de desenvolvimento, é subvertido pelos bens proporcionados de conforto, brinquedos e comida. Além do sentimento de solidão e baixa auto-estima, essas crianças aprendem padrões de relacionamento distorcidos, orientados para as coisas e não para as pessoas.
É necessário que o comprador compulsivo procure a ajuda de um psicólogo, realize o tratamento psicoterapêutico e médico, que envolverá consultas semanais de psicoterapia, e mensais e/ou quinzenais com o médico. Somente assim a pessoa será capaz de restabelecer seu equilíbrio financeiro, pessoal e familiar, resgatando os relacionamentos e a saúde perdida.
Novas entrevistas
Ontem no RJ 2a edição foi ar uma participação em entrevista ao vivo sobre a inclusão digital da terceira idade, os benefícios e cuidados.
Hoje para a rádio 99,3FM uma nova entrevista foi ao ar às 10:15 sobre o sentimento da saudade.
Nesse sábado teremos também uma pequena participação no Rio Sul Revista da Rede Globo sobre a percepção humana e seus fenômenos.
Hoje para a rádio 99,3FM uma nova entrevista foi ao ar às 10:15 sobre o sentimento da saudade.
Nesse sábado teremos também uma pequena participação no Rio Sul Revista da Rede Globo sobre a percepção humana e seus fenômenos.
Assinar:
Postagens (Atom)